É urgente mudar de política e de Governo

Em Abril e Maio<br> intensificar a luta

A CGTP-IN apela à in­ten­si­fi­cação da luta e à par­ti­ci­pação nas co­me­mo­ra­ções do 40.º ani­ver­sário da Re­vo­lução e do 1.º Maio em li­ber­dade para vincar o pro­testo contra a po­lí­tica de di­reita do Go­verno.

Go­verno PSD/​CDS e troika tor­naram o País mais pobre e de­si­gual

A re­so­lução apro­vada pelo Con­selho Na­ci­onal (CN) da CGTP-IN, ontem reu­nido, afirma que a «po­lí­tica de di­reita, o Go­verno do PSD/​CDS e o me­mo­rando da troika co­lo­caram o País numa si­tu­ação in­sus­ten­tável nos planos eco­nó­mico, fi­nan­ceiro, so­cial e de­mo­grá­fico». Por­tugal é hoje um país «mais pobre e en­di­vi­dado, mais de­si­gual e em­po­bre­cido».
Con­si­de­rando ina­cei­tável o facto de o Go­verno in­sistir em «atacar os tra­ba­lha­dores», a In­ter­sin­dical alerta que, com o «pós-troika», o Go­verno irá apre­sentar novos cortes e mais ata­ques à le­gis­lação la­boral e à con­tra­tação co­lec­tiva, agora ocul­tados de­vido ao con­texto pré-elei­toral.
Para a cen­tral sin­dical, as de­cla­ra­ções no final da reu­nião do Con­selho de Mi­nis­tros de ontem, apesar de parcas, vêm con­firmar a con­ti­nui­dade da po­lí­tica de cortes nos sa­lá­rios e nas pen­sões e a so­bre­carga nos im­postos sobre os ren­di­mentos do tra­balho, dei­xando an­tever, para além disso, des­pe­di­mentos em massa na Ad­mi­nis­tração Pú­blica. No âm­bito desta «es­tra­tégia pós-troika», está ainda em curso uma «acção de mis­ti­fi­cação do sa­lário mí­nimo na­ci­onal (SMN)», afirma a CGTP, que con­si­dera «imoral» usar o SMN «como moeda de troca» para se pro­ceder a uma nova re­visão da le­gis­lação la­boral e da con­tra­tação co­lec­tiva.


Levar a luta ao voto

Na re­so­lução apro­vada, a Inter afirma que, no con­texto ac­tual, as co­me­mo­ra­ções do 40.º ani­ver­sário do 25 de Abril e do 1.º de Maio em li­ber­dade ga­nham um «sig­ni­fi­cado es­pe­cial»: «nunca como hoje foi tão gri­tante o con­traste entre os ideais (…) que estas datas sim­bo­lizam e a re­a­li­dade de uma go­ver­nação que tão bru­tal­mente as con­tradiz». Torna-se assim um «im­pe­ra­tivo de todos os que se iden­ti­ficam com os va­lores de Abril» lutar pela mu­dança desta po­lí­tica e deste Go­verno.
Para além de de­cidir «in­ten­si­ficar a acção rei­vin­di­ca­tiva nos lo­cais de tra­balho» e «levar a luta ao voto» nas elei­ções para o Par­la­mento Eu­ropeu, «mos­trando o cartão ver­melho aos que, lá como cá, estão com­pro­me­tidos» com a ac­tual po­lí­tica de di­reita, o CN da CGTP-IN faz um apelo à par­ti­ci­pação da po­pu­lação nas ma­ni­fes­ta­ções co­me­mo­ra­tivas do 40.º ani­ver­sário da Re­vo­lução de Abril, «dia da li­ber­dade» e da luta pela afir­mação dos «di­reitos la­bo­rais e so­ciais e das li­ber­dades cí­vicas, ga­ran­tidos pela Cons­ti­tuição da Re­pú­blica», e exorta os tra­ba­lha­dores e o povo a «par­ti­cipar mas­si­va­mente» nas ma­ni­fes­ta­ções do 40.º ani­ver­sário do 1.º de Maio em li­ber­dade, or­ga­ni­zadas pela CGTP-IN, como «mo­mento alto de in­dig­nação e pro­testo contra a po­lí­tica de di­reita do Go­verno PSD/​CDS e da troika».




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